
APRESENTAÇÃO

O texto a seguir procura ser assertivo em suas bases, para colaborar com as pessoas ligadas a Igreja católica, ou seja, não traz nenhuma convicção de certo ou errado, apenas se baseia nas informações trazidas pela própria literatura católica, com intuito de reflexão e sobre os Salmos e aclamações e assim, servimos com mais dignidade a esta igreja milenar.
SALMO: EXPLICAÇÃO SIMPLIFICADA DO DIALOGO DE DEUS
COM O POVO.
O salmo é parte da Liturgia da Palavra, onde
também se compõe, as leituras da Sagrada escritura, Salmo, Aclamação ao
Evangelho, Evangelho e Homilia, profissão de fé (creio), e a oração universal
dos fieis.
Segundo Fonseca,
(2004, p.74; 76) A palavra Salmo vem do grego “oração que deve ser cantada e
acompanhada de instrumentos musicais. Na bíblia Hebraica, o livro dos salmos
(150 salmo) é chamado de “Louvores””. Onde estes são anteriores a época de
Cristo.
De acordo
com a Música Litúrgica no Brasil - Estudo 79 (CNBB, 1999, p.62) o
Salmo deve ser “cantado como prolongamento meditativo e orante da Palavra
proclamada. Ele reaviva o diálogo da Aliança entre Deus e seu povo, estreita os
laços de amor e fidelidade.
“Remonta
o início do Cristianismo, onde se praticava alguns aspectos do culto da
Sinagoga. Onde “pós Concilio Vaticano II, [...] o salmo responsorial ligando-o
sempre ao sentido teológico da primeira leitura”[...], [ Assim, sua principal
forma é ] dialogal entre salmista e assembleia”(FONSECA, 2004, p.25-28).
Desta
forma traz a caracterização introspectiva espiritual, onde o salmista deve
atingir a assembleia onde Deus nos fala e não apenas mais um canto a ser
entoado.
Sabendo-se
que o tempo litúrgico é formado por Advento e Natal, Tempo Comum, Quaresma e
Páscoa, além das Solenidades e Festas inseridas ao decorrer do ano independe do
tempo vivenciado estas seguem liturgia própria.
Sabendo
disto, a equipe de canto, em conjunto ao Salmista, devem procurar meditar sobre
o tempo ocorrido e escolher melodias apropriadas, onde evidenciando duvidas, deve
se expor nas reuniões de preparação litúrgica, ou contato com o coordenador ou
ainda acionar Sacerdote, para orientar sobre as melodias e condutas a serem
utilizadas.
O
Salmista
Segundo a
Música Litúrgica no Brasil - Estudo 79 (1999, p. 49-50) o ministério do
Salmista deve expressar o Salmo com habilidade artística, porém evitando o
virtuosismo, proclamando os textos bíblicos, e outros cantos responsoriais.
E ainda evitar
utilizar de cantores profissionais, para esta finalidade, oque pode significar oferecer
algo diferente do que o Dialogo de Deus com o povo, onde sua postura deve se
comprometer profundamente com o mistério celebrado, bem como o tempo vivido,
além de evitar contracantos, onde o Salmista deve ser a voz principal.
No ministério
do Salmista, a preocupação deve estar além do canto e sim, uma formação técnica
e litúrgico-musical adequada. Desta maneira, segue os principais preceitos que
o salmista deva considerar em sua função, são eles:
(GUIA LITURGICO PASTORAL, p.74-75)
- Formação
Bíblico – litúrgica: aprofundar o sentido literal de cristológico dos salmos;
estudar cada salmo em sua relação com a primeira leitura e com o projeto de
salvação de Deus.
- Formação
espiritual – Saber usar a voz de forma adequada, com boa dicção e até mesmo
saber ler uma partitura simples; aprender as melodias dos salmos responsoriais;
saber se entrosar com os instrumentos musicais que eventualmente acompanham o
canto do Salmo;
- Formação
prática: saber manusear o Lecionário e o Hinário Litúrgico; saber em, que
momento subir ao ambão, como se comunicar com a assembleia, como usar o
microfone; conhecer os vários modos de se cantar o Salmo;
Um
fator importante, ninguém pode substituir o salmo responsorial por outro canto,
e se porventura não o cantar, recite alternando com o refrão do povo.
Outro ponto é a forma básica de execução do Salmo,
onde
Madureira, (2007, p. 47). evidencia que “o salmista não deve cantar ou
proclamar o salmo responsorial em outro lugar senão do ambão. Evita-se todo instrumento
percussivo nesse momento [...] o (a) solista, com voz forte e clara, canta
para/ e com o povo que atento, participa no refrão, que normalmente resume a
mensagem do mesmo“.
A música litúrgica
no Brasil - Estudo 79 (CNBB, 1999, p.49; 62), (CNBB, 1999, p. 62) apresenta-se a forma básica de entoar o
Salmo:
• Há duas
maneiras de proclamar os versos dos Salmos: por versículos ou por
Estrofes;
• O
(a) salmista entoa o salmo na estante da Palavra onde o(a) salmista entoa as
estrofes e a assembleia repete o refrão;
• O
salmo responsorial é o canto mais importante da liturgia da Palavra, por isso,
além do pré-requisito de uma boa voz, o(a) salmista deverá executá-lo com o
máximo de expressividade e clareza, numa atitude orante, como convém a todos que
exercem o ministério de proclamar a Palavra de Deus;
• O (a) salmista na execução do salmo deve sempre cantar a
melodia principal do refrão e das estrofes do salmo. Portanto, evite-se
quaisquer artifícios que venham dificultar a assembleia na compreensão do
texto, por exemplo, o uso de uma segunda voz ou contracanto;
• No
Hinário Litúrgico (fascículos 1, 2 e 3) encontram-se salmos e refrãos
próprios para cada domingo do ano
litúrgico (anos A, B e C);
• Outros
salmos e refrãos, podem ser usados, mas sempre em forma dialogal e em sintonia
com o tempo litúrgico, a festa ou ocasião;
• Como
“parte integrante da Liturgia da Palavra”, este Salmo é sempre um
texto bíblico, comumente extraído
do Saltério.
• O canto
do Salmo, ajustado à Leitura que o precede, não pode ser substituído, então,
por um canto qualquer sobre a Palavra de Deus, como durante certo tempo se
andou fazendo com os chamados “cantos de meditação”, por falta, é claro, de
cantos apropriados, o que não é mais o caso após a introdução do Hinário Litúrgico;
• Para
facilitar a acolhida da Palavra de Deus, é recomendável breve período de silêncio
entre a leitura e o canto do Salmo Responsorial.
Na postura do Salmista, este deve aguardar o
término da leitura para depois caminhar lentamente para o ambão”, fazer a
reverencia à palavra e só então, iniciar o Salmo.” (MADUREIRA,2007, p.47)
No aspecto do silêncio, este deve prevalecer entre
as partes lidas ou proclamadas da celebração quando não invocação do povo, ou
seja manter-se no clima de oração, principalmente entre os componentes do grupo
de canto, para não retirar o clima de oração e atenção do povo.
Recomenda-se nas Paróquia ou comunidades, uma
equipe exclusiva de Salmistas ou seja um salmista para cada celebração
independente do grupo de canto, como um leitor, ainda assim, este deva estar
subordinado a equipe liturgia, onde é recomendável, os membros estarem ligado
aos cantores e músicos, através pertencer ao grupo de canto.
A equipe de canto deve ter a preocupação em ensaiar
o salmista dentre a melodia adequada, bem como o refrão com o povo.
ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO: FINALIDADE E EXECUÇÃO BÁSICA
Para
Fonseca, (2004, p. 31-32)
Aclamação
vem do verbo “Aclamar”, que conforme o dicionário Aurélio, Significa: aplaudir
ou aprovar entusiasticamente por meio de brado ou aplausos [...] na liturgia
cristã, toda e qualquer aclamação deve, necessariamente, referir-se ao inefável
mistério de Deus que se manifestou de forma plena na pessoa de Jesus Cristo.
De acordo
com Música Litúrgica no Brasil - Estudo 79 (CNBB, 1999, p.57-58), as
principais formas de aclamações são: “Aleluia”, o “Santo”, a
Aclamação Memorial [...], o grande “Amém” [...] e o “Vosso é o Reino...”
Onde o autor cita como importantes e indispensáveis nas
celebrações dominicais, como: o “Aleluia”, o “Santo” e o “Vosso é o Reino”.
Desta maneira nosso objetivo é tratar a aclamação ao
evangelho onde Fonseca, (2004, p.32) trabalha a visão da aclamação como um
“canto que precede a proclamação do evangelho nada mais é do que um “viva”
pascal ao verbo de Deus, que nos tirou das trevas da ,morte, introduzindo-nos
no reino da vida.”
Música Litúrgica no Brasil - Estudo 79 (CNBB, 1999, p.57-58), resgata
a o termo como ““Hallelu-Jah” (“Louvai ao Senhor!”), que tem sua origem na
liturgia judaica, ocupa lugar de destaque na tradição cristã.[...] A expressão
de acolhimento solene de Cristo, que vem a nós por sua palavra viva, sendo
assim manifestação da fé nesta presença atuante do Senhor.”
Sua formula é constituída por “dois elementos
básicos: um refrão composto de um ou mais aleluias, (exceto na quaresma), e um
versículo, normalmente ligado ao sentido do evangelho que logo será proclamado”
(FONSECA, 2004, p. 32).
“O
“Aleluia” ou o versículo antes do Evangelho podem ser omitidos, quando não são
cantados, e substituídos por um momento de reflexão em silêncio. É de bom
costume repetir o “Aleluia!” após o Evangelho, como já ocorre em algumas comunidades”( Música
Litúrgica no Brasil - Estudo 79 (CNBB, 1999, p.57-58).
Beckhäuser
(2003, p. 22) apresenta a forma de executar as aclamações:
De
pé, a assembleia acolhe a Palavra por excelência, o próprio Jesus que nos fala.
Mediante o canto, manifestamos a alegria de tê-lo entre nós, falando conosco. O
canto é alegre e vibrante: aleluia ! (exceto na quaresma). E a estrofe é sempre
tirada da própria Bíblia. Nas missas solenes, há uma procissão com o livro dos
evangelhos e incenso.
Em conclusão o Aleluia
ou aclamação ao Evangelho não é definitivo sobre a utilização de formas
variadas de vozes, instrumentos, ou ainda contra cantos. O que se orienta é o
respeito em cantar o refrão e o versículo dentre o evangelho do dia, onde esta
localizado no lecionário, bem como respeitar o tempo litúrgico.
Bibliografias Utilizadas
BECKHÄUSER, Frei Alberto. Instrução geral sobre o Missal Romano. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. 167p.
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO
BRASIL (CNBB). Guia Litúrgico-Pastoral.
2ª ed. CNBB – Regional Sul 143p
CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB). Música Litúrgica no Brasil - Estudo 79, São
Paulo: Paulus, 1999, 78p. Disponível em: <http://www.cnbb.org.br/component/docman/doc_download/340-a-musica-liturgica-no-brasil-estudo-cnbb-79.> Acessado em: 10
de Julho de 2014.
FONSECA, OFM, Joaquim. Cantando a Missa e o Ofício Divino. São Paulo: Paulus, 2004, 96p.
MADUREIRA, Aristides luis. Ministério de Música I Fase:
Orientações Básicas para equipe de animação Liturgica, Uberlandia: A Partilha,
2007. 72p